Não me sinto bem
poetas escondidos em suas fortalezas de metaforas
não tratam do vulgar
e as angustias comuns ao ser
desprezo toda sua realidade
e substituo romantico lirismo
como se coberto pelo veu
sua carne podre não fosse cheirar
tudo alem do intenso odio a se exaltar
e o que é lúgubre se afoga no mar de colera
de repente as palavras não são o bastante
batidas
espamos
grunidos
silêncio...
cansaço, sono e melancolia
e a beleza de suas palavras
me é refugo de novo